quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Em silêncio

Sei que já não se importa que hoje eu vá embora,
Que, em silêncio, logo me abrirá a porta,
Que voltará aos seus livros e a perder as horas
E escutará a mesma música quando algo incomoda

E eu aqui escondendo uma foto sua na mala,
Tentando me convencer que não fará falta,
Enquanto você solta risos altos da TV pela sala
E, com o olhar, acusa de ser somente minha a falha

Queria ter a convicção de que tudo passa
E com sua facilidade em nós colocar um basta,
Mas sei que me seguirá por qualquer rua ou casa
O desejo de suas mãos que minhas tempestades acalmava

O tempo corre e você não se justifica ou fala,
Por todos os lados, apenas ouço suas pausas
E eu ainda querendo roubar um pedaço da sua alma
Para depois sentir que não fomos sempre um nada.


6 comentários:

  1. A partida é sempre dolorosa.
    Em alguns casos, a ferida sala logo, mas em outros...

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  2. "O tempo corre e você não se justifica ou fala(...)"

    Coisa mais linda!!!

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  3. E eu ainda querendo roubar um pedaço da sua alma
    Para depois sentir que não fomos sempre um nada.


    E eu preciso comentar?
    Melhor permanecer "Em Silêncio"
    Perfeito Junior
    Bjos

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  4. Meus olhos se alegraram ao ler seu póema, estou aplaudindo vc agora, a partida é o momento de medida, é a hora onde os olhos se abrem e conseguimos perceber tudo, os erros os acertos, o que valeu a pena e o que não valeu, a dor de partir foi lindamente descrita nos seus versos... sem mai, apenas parabéns e obrigado por partilhar seu talento conosco. sucesso!

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  5. O amor desencontrado é como um vendaval sem rumo...

    Abraço, poeta!

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  6. Gostei do seu espaço. Deste poema em especial. Parabéns pela bela escolha dos versos e das gravuras. Abraços. =]

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