sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Estranho


Como é estranho ter que, de repente, de algum lugar, tentar encontrar motivos para continuar, tentar fingir que nada aconteceu, que para mim tanto faz e que perder é mesmo sempre tão normal. E eu que quis pensar que, nesta ausência desafiadora, bem estaria, que logo, estas lágrimas inseparáveis secariam, não imaginei que, com tanta facilidade, a mim próprio, assim, enganaria.
Como é estranho ter que me reinventar entre os escombros de lembranças que ainda imploram por uma oportunidade de existir e que, a todo o momento, insistem em me acusar, sendo que para esta história, sem mais condições, só pude dar o melhor de mim, sem jamais acreditar que, injustamente, tivesse este tipo de fim.
Como é estranho, todavia, querer esperar por alguém que se esconde, que, sem compaixão, não responde, de quem já não ouço, por nenhuma esquina, qualquer notícia falar. E, então, como é estranho ter que saber que este silêncio mais triste gritará, quando, sem você, o Natal por aqui chegar.

3 comentários:

  1. é Juh é dificil continuarrr... viver... tentar sorrir... e fazer de conta que nada aconteceu...fingir estar bem... por isso escrevo... aki não preciso fingir felicidade!

    bjokas!

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  2. E assim seguimos...alternando dias de desespero, com dias de raiva ou de tristeza absoluta
    É difícil "dobrar " um amor tão grande e guarda-lo na gaveta...
    Ao menos a dor dá às palavras uma beleza única!
    boa sorte amigo
    um abraço!

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  3. Nessas horas nada pode servir de consolo...nada nem ninguém.
    O silencio é só o que queremos.
    Blog nota 10.

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