Sei que lá fora o mundo, aos poucos e sem
consideração por ninguém, se desmorona em medo e que bombas ferozes explodem chamas de ira por
todos os lados. Sei também que a tranquilidade já se equipara a uma utopia
distante, inatingível e que a insegurança, em qualquer canto, é tão visível, é tão
palpável. Mas, aqui dentro, mesmo com a leve impressão de estar protegido de todas
as espécies de conflito, sinto-me como se, desprovido de forças e motins, enfrentasse a uma
autêntica e constante guerra perdida, a uma batalha intensa comigo próprio, que me encurrala e alveja, sem o menor discernimento do que seja clemência, com estilhaços de sentimentos feridos, que anseiam ainda por algum sentido, por algum
antídoto capaz que, definitivamente, os curasse, os pacificasse.
A guerra interior,mais sofrível de todas.
ResponderExcluirBonito texto.